quarta-feira, 30 de abril de 2008

Nova Estrada

Percorri uma estrada tão antiga.
Repleta de velhos saberes,
De doces recordações.
Nela havia estrelas,
Caídas,
Nascidas,
Brotadas do chão.
Não via nada além de uma direção,
Meus pés caminhavam sem tocar o chão.
Eu era leve e límpida
Como um sopro de uma doce estação.
Eu era uma manhã repleta de esperança.
Eu era um raio que brotava da escuridão.
Deitei-me em um gramado repleto de sonhos
E delicie-me experimentando cada um,
Senti um aroma de realização.
Fui além do que sonhava,
Eu sentia.
Lágrimas brotavam sem serem percebidas
E eu rolava e rolava
No chão
E ria.
Sorvia cada detalhe de mim em tudo que vivia.
Toquei com as palmas das mãos o chão,
A terra fértil,
Macia,
Úmida de lágrimas.
Nasceu um lírio.
Tão branco e puro como a paz que me conduzia.
O recolhi para dentro de mim
E cresci.
Adormeci para um sonho e despertei para o amanhecer.

(Maria Otávia Sanchez da Cunha)

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