Já não me arrependo do que fiz.
Já o que não quis me consome,
Tortura-me sem piedade.
Já não me arrependo das palavras que proferi.
Já as que engoli reviram-se em mim,
Ecoam sem deixar silêncio.
Já não me arrependo do que sonhei.
Já o que limitei me prende em algemas,
Separa-me da felicidade.
Já não me arrependo do que segui.
Já o que não fui afunda-me em melancolia,
Sepulta-me em minha própria casa.
Já não me arrependo do que tentei.
Já o que desisti me enfraquece,
Aprisiona-me ao meu próprio medo.
Já não me arrependo do que senti.
Já o que neguei me relembra o que não vivi,
O riso e a lágrima que neguei e escondi de mim.
(Maria Otávia Sanchez da Cunha)
sexta-feira, 11 de abril de 2008
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