Nada a declarar
Nem a calar.
Sem forças para dizer,
Tentar
Recomeçar um novo fim.
Triste fim.
Sigo sem perceber que me levaram
Para outro lugar.
Ouço apenas as palavras
Que me consolam
De um sonho ruim.
Como não acreditar?
É tão bom viver a sonhar!
Dói acordar.
Dói mais ainda desacreditar.
Quero calar,
Mas falo
Com pressa,
Angústia,
Com a voz embargada.
Eu marejada,
Desesperada para viver
Mais uma ilusão.
Morrer tentando realizar.
Hoje prefiro ser realizada,
Descoberta,
Desvendada
Do que me cega.
Tudo me consome
E me cobre da mais pura emoção.
Sem previsão de vendavais
Eu espero sempre a brisa,
Que sopra em carícia
A alma que me carrega.
(Maria Otávia Sanchez da Cunha)
segunda-feira, 14 de abril de 2008
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Um comentário:
Oi!!!
Adorei!!! Sensível e ao mesmo tempo, intenso... viajei junto a textura dos sentimentos, da angústia...
A D O R E I !!!
Parabéns!!!
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